SONGAI

   O império Songai foi bastante original quanto a organização política e administrativa. A centralização do poder o diferenciava do sistema político vigente nos impérios de Gana e Mali.Os funcionários do governo central formavam o conselho, que discutia sobre os problemas do império.
   No século XII Gao tornou-se a capital de Songai. Por sua posição geográfica as margens do Niger, transformou-se em um grande mercado uma região privilegiada para os intercâmbios comerciais. A moeda usada eram conchas chamadas de cauris.
   Entre os séculos XV e XVI, a religião predominante em Songai não foi a Islâmica. Grande parte dos povos dos impérios, principalmente os que viviam no campo, permaneceu ligada asa crenças tradicionais.

RIVALIDADES EXTERNAS 

   O império Songai alcançou o apogeu no final do século XV, quando conquistou varias cidades do Mali. Seu governo aperfeiçoou a arrecadação de impostos e reorganizou o exército, incorporando prisioneiros e escravos como soldados. Praticava o comércio de escravos e ouro.
   No final do século XVI, Songai foi derrotado pelo Marrocos.

 OUTRAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL NA ÁFRICA

   De maneira geral, as sociedades africanas foram caracterizadas pelas relações de parentesco e pela fidelidade aos lideres.
   Os nômades viviam nas áreas de florestas ou nas savanas, obtendo aumento por meio da caça, pesca, coleta. Os seminômades praticavam a agricultura por meio do trabalho coletivo. Esses grupos eram poucos numerosos e reconheciam a autoridades de seu membros, quase sempre aquele que em diferentes situações da vida demostravam sabedoria.

A VIDA NAS ALDEIAS 

   Além dos impérios, também havia povos africanos que viviam em aldeias. Na Africa central, por exemplo, próximo ao rio congo, viviam os bantos, que ao longo dos seculos realizavam sucessivas migrações, ocupando mais da metade do continente. Eles povoaram terras que estavam disponíveis e misturaram-se a grupos nômades, divulgaram a criação de animais e a metalurgia. Das florestas retiravam tudo que necessitavam.
 CONTATOS E ALIANÇAS 

   O contato entre as diferentes aldeias era feito pelo comercio ou pelos casamentos. Quando havia interesses em comum, as aldeias se uniram e formavam confederações.
   Ao se casar com varias mulheres, o chefe fazia aliança com diferentes famílias e garantia muitos descendentes.

   TRADIÇÕES 
   A relação dos africanos com o mundo espiritual se refletia no dia dia das aldeias. Os fenômenos eram explicados pela ação de forças sobrenaturais. Assim os sacerdotes tinham grande importância social e politica. Eles realizavam os rituais no quais eram feitas consultas e previsões para orientar as decisões dos chefes e a vida de toda a comunidade. 

   Na maioria das sociedades africanas as historias eram contadas oralmente.

--> MALI <--

      Não se sabe ao certo a origem do império Mali.Sabe-se que seu fundador foi Sundiata,ou Mari Djata , o "Leão do Mali".
     Sundiata ficou conhecido por respeitar a os costumes e tradições das províncias que conquistou.Sua administração flexível fez com que o Império se parecesse mais com uma federação de reinos do que com uma organização unitária.A segurança das pessoas era garantida por um exército que se manteve invencível por muito tempo.
   
ECONOMIA MALI
O império Mali superou Gana em extensão e poder,fazendo novos contatos comerciais com povos do norte da África.Os vários rios da região sobretudo o Níger,facilitavam o transporte de mercadorias, sendo as principais o ouro e a noz-de-cola.No império Mali,a economia era baseada no comércio de ouro,mas também na agricultura e criação de animais.
     O governo cobrava impostos da população em forma de produtos ou serviços.
      Tombuctu era uma das principais cidades desse império.Importante centro comercial e cultural.Ela fazia parte da rota das caravanas que atravessava o deserto do Saara .
      Em fins do século XIV  Mali sofreu sucessivos ataques externos que o enfraqueceram.No século XV,seus governantes fizeram aliança política e militar com os portugueses, recém chegados da África.No entanto isso não interrompeu o processo de enfraquecimento do império.

# GANA

   Esse reino se formou por meio da aglomeração de vários conjuntos de vilarejos. Gana era o título usado pelos reis; significa "chefe de gerra".
   Em gana os domínios das terras e a imposição de uma cultura não era a maior prioridade, oque tornava o reino poderoso era a quantidade de pessoas sob seu controle.
   A localização geográfica de Gana favoreceu o controle sobre as mais importantes rotas comerciais da África ocidental. Lá se desenvolveram o cultivo de cereais e a mineração de ouro. O governo e a nobreza enriqueceram com os impostos cobrados de comerciantes, artesãos e agricultores. O rei vestia túnica sempre acompanhada de um gorro bordado de ouro e se enfeitava com colares e pulseiras. Os arreios dos cavalos e as coleiras dos cachorros também eram feitas de ouro.
   O povo vivia em cabanas redondas feitas de barro, enquanto os nobres e altos funcionários públicos viviam em grandes casas de pedra.

RIVALIDADES COM OUTROS
   Mesmo com um exército composto de guerreiros, soldados, cavaleiros e arqueiros, ele foi derrotado pelos almorávidas. O reino Gana até conseguiu reconquistar sua independência, mas, ela já estava destruída.

--> OS INCAS <--

   O povo Inca ocupavam uma extensa faixa de terra da América do sul, hoje se situam no Peru, Bolívia, Equador, Argentina, Chile e Colômbia. Por volta do século XII eles fundaram a capital Cuzco.
   Organizaram um império onde  governante era considerado filho do Deus Sol.Seu transporte e comunicação eram bastante desenvolvidos. Uma ampla rede de estradas e um eficiente sistema de correio facilitavam o controle do imperador.
 
ECONOMIA INCA
   Os Incas desenvolveram uma técnica de agricultura em terraços: na terra árida "esculpiam'" degraus,nos quais plantavam milho, feijão, batata, pimenta, abacate, tomate, amendoim, abóbora, algodão e outros produtos. Para irrigar o solo construíam canais que traziam água que escorriam das geleiras andinas.
   Criavam alpacas, lhamas, vicunhas, cuja a lã era utilizada na produção de tecidos, ponchos, xales e tapetes. Para o artesanato eles usavam couro, cerâmica, madeira, ouro, prata, cobre e bronze e ainda não conheciam o ferro.
   Nos territórios em que o povo desenvolvia a agricultura e a criação de animais, uma parte da terra e dos rebanhos pertencia ao deus sol.Em troca o povo recebia roupas e alimentos.
   A população era composta por nobres, sacerdotes, militares, funcionários públicos, artesãos, camponeses e escravos.

 CULTURA INCA

  Eles eram politeístas mais os principais deuses eram sole Wiracocha. Raramente faziam sacrifícios humanos era mais comum o de animais.Os incas desenvolveram uma escrita muito original: os quipos palavra que significa nó em inca. Eles iam fazendo nós em cordas e assim era sua escrita.

 



ENFRAQUECIMENTO POLÍTICO
  Em 1532 os espanhóis, atacaram e saquearam os territórios incas aproveitando-se da disputa entre os irmãos Atahualpa e Huáscar. O primeiro apoiado por diferentes setores da cidade,assassinou seu irmão  e tomou o pode.Divididos por essas lutas interna os incas tiveram dificuldades para enfrentar os conquistadores.

OS ASTECAS

Os astecas chegaram ao vale do México por volta do século XVI, vindo de Aztlán. Eles habitavam            pequenas ilhas da região e construíam plataformas ligadas umas as outras. Lá fundaram sua capital       Tenochtitlán, que encantou os espanhóis com sua beleza e seus planejamentos.
      Os astecas praticavam agricultura em solos pantanosos, aproveitando o excesso de água para irrigar as áreas secas . plantavam pimenta e baunilha, tabaco, algodão, milho, cereais, tomate e plantas oleaginosas. Seu comércio era bastante desenvolvido - nos mercados vendiam e compravam produtos agrícolas, armas, colares, joias e escravos. Como moeda utilizavam sementes de cacau.
   Desconheciam o ferro e produziam peças artesanais como: cobre, bronze, ouro, prata, sisal, plumas coloridas, e corante colorido.
    A sociedade asteca era composta por: sacerdotes, nobres, militares, comerciantes, artesãos e camponeses, havia também os escravos.

         CULTURA ASTECA 
    Os asteca eram politeístas praticavam sacrifícios humanos, pois acreditavam que ao oferecer vida aos deuses evitaria que o mundo acabasse .Acreditavam também que ao cremar os mortos eles iriam ao paraíso.
    Na arquitetura asteca construíram praças, edifícios, templos,mercados e casas .
    O calendário asteca era bem diferente pois havia um calendário solar com 18 meses  cada mes e  20 dias comuns e 5 dias nefasto que temiam do mundo acabar
                     
ENFRAQUECIMENTO POLÍTICO
    Os astecas eram governados pelo imperador Montezuma quando , em 1519, os espanhóis chegaram, liderados por Hernán Cortéz , os astecas pensaram que era o deus Quetzalcóatl que chegaria pelo mar
    No entanto, ao perceberem que se tratava de uma invasão, os astecas iniciaram a guerra . Armas de fogo e cavalos -desconhecidos por eles e o contágio de doenças como varíola e gripe contribuíram para a vitória espanhola. Hernán Cortéz sequestrou Montezuma , então Montezuma estava morto e seu povo, destruído.

# OS MAIAS

   O povo maias habitava territórios hoje situados no México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras.
   Ao longo do processo de sedentarização, os maias aprenderam a agricultura, embora mantivessem a caça e a pesca. Desenvolveram sistemas de irrigação, levando o excesso de água das regiões pantanosas para áreas mais secas. Cultivavam milho, feijão, abóbora,, tomate, algodão, cacau, batata, tabaco e pimenta e praticavam comércio com povos vizinhos. Criavam animais de pequeno porte, como perus, cães e patos; não tinham cavalos, bois, carneiros, porcos e cabras. Confeccionavam peças de cerâmica com barro dos pântanos; faziam joias, armas e estatuetas de ouro, cobre e pedras preciosas; não conheciam o ferro, o arado e a roda.
   Organizaram cidades-estado independentes  entre si, cada uma com seu próprio governo, exército, leis e economia. Os reis das cidades maias eram muito poderosos, dirigiam a política interna e externa e eram auxiliados por um Conselho de Estado.

SOCIEDADE MAIA
   A sociedade maia era composta de nobres, sacerdotes, funcionários públicos, artesãos, comerciantes, camponeses e poucos escravos. Os camponeses pagavam impostos e eram obrigados a construir obras públicas.

CULTURA MAIA
   Sua arquitetura caracterizou-se pela construção de templos, pirâmides e sistemas de irrigação. Criavam um calendário solar e um sistema de escrita hierogrífica e ideográfica.
   A religião maia era politeístas e os deuses representavam forças da natureza. Eles realizavam jejuns, preces, danças rituais e sacrifícios humanos. Acreditavam na imortalidade da alma e enterravam seus corpos dentro das casas. As cerimônias eram feitas no alto das pirâmides e eram assistidas do chão.

ENFRAQUECIMENTO POLÍTICO
   Antes da conquista europeia, a sociedade maia já estava enfraquecida, talvez pela falta de unidade política e pelas rivalidades entre as cidades-Estado. A situação foi agravada por furacões, epidemias, empobrecimento da população e enfraquecimento das crenças. Apenas a península de lucatán escapou a esse declínio.

OS MARAJOARAS*

   Algumas sociedades indígenas produtoras desenvolveram-se na região amazônica, entre elas o povo marajoara, na ilha de Marajó, no Pará. Sua característica marcante era a produção de peças sofisticadas de cerâmica - jarros, urnas funerárias, estatuetas e outros objetos. A complexidade de tais peças indica que eram sociedades com agricultura desenvolvida, diferenças sociais, crenças politeístas e governo organizado.    As pesquisas arqueológicas ainda são muito recentes, mais se sabe que os Marajoaras construíam morros artificiais para evitar as enchentes e neles erguiam as moradias dos membros das camadas sociais privilegiadas.Por meio de escavações nesses morros e em muitas sepulturas encontradas, há indícios de aldeias e mesmo de cidades que se formaram ao longo dos rios da região.
   As causas do desaparecimento dos povos marajoaras não são conhecidas.Espera-se que as atuais pesquisas possam trazer mais informações sobre essa sociedade que influenciou a cultura dos povos do Brasil pré-histórico.